Pastoral da Negritude IBP


Fundada em 15 de novembro de 2005, a Pastoral da Negritude foi formada por um grupo de nossa igreja diante do interesse e da necessidade de alguns negros, negras e pessoas comprometidas em despertar a comunidade evangélica para uma consciência negra, resgatando a presença e a cultura africana na história bíblica, construindo para a inclusão social dos(as) afros descendentes, lutando contra a discriminação racial, preconceitos, xenofobia e correlata.
Fazemos parte de uma igreja que caminha na luta pela justiça social, respeitando as demais religiões e repudiando todo e qualquer tipo de discriminação. Nossa base está nas Escrituras Sagradas que é a nossa rega de fé e prática, afirmando que: "não pode haver judeu; nem negro; nem escravo; nem liberto; nem homem; nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus". Gálatas 3.28

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13 DE MAIO – 132 ANOS DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO


 Liberdade! E aí, a Lei Áurea realmente trouxe liberdade ao povo negro mantido como escravo em nosso país?
       Pesquisadores e o movimento negro não consideram este dia como um dia de celebração, por sentir que nosso povo na verdade não foi liberto, e sim, abandonado nas ruas.
            Pesquisas confirmam que a “assinatura da lei Áurea foi uma medida de liberação da elite proprietária de terra para outros investimentos que faziam mais sentido na época”. Os negros foram substituídos por imigrantes que aqui chegaram com preservação de direitos de salário e terra.
          Um amigo escreveu esta semana algo que me remeteu a foto que segue junto com esse texto, diz o escrito:

“Estamos enfrentando uma pandemia no momento. Também equivocadamente algumas pessoas gostam de dizer que “estamos todos no mesmo barco”. Não estamos! Estamos todos debaixo da mesma tempestade. Mas alguns possuem barcos grandes, espaçosos, confortáveis, seguros, fartos de mantimento e de botes salva-vidas, e assim estão enfrentando a tempestade” (NASCIMENTO.P. S. 2020) 

            Não! Nós, 132 anos depois ainda não alcançamos a liberdade.
           Não! Nós, 132 anos depois ainda não temos o que celebrar.         
Esta data é mais um dia de resistência, continuamos resistindo a todas as retiradas de nossos direitos. Dados do IBGE 2019, registram que 19,2 milhões de pessoas se declaram como pretos, enquanto 89,7 milhões se declaram pardos, somos 56,10% da população brasileira, continuamos sendo maioria, tratados como minoria, mantidos, fincados, fixados à margem da sociedade.
Neste tempo de pandemia que atingiu a todos e todas, os números continuam mostrando a desigualdade racial. Essa data é para nos lembrar do quanto ainda precisamos resistir, persistir e lutar. Artigos publicados nos últimos dias no Nexo Jornal e no Brasil de Fato trazem dados do Brasil e dos Estados Unidos, que diz:

“Em duas semanas, a quantidade de pessoas negras que morrem por covid-19 no Brasil quintuplicou” (SANTANA, 2020)
“Nos Estados Unidos, embora sejam 13,4% da população, os negros correspondem a 60% das mortes ocorridas, segundo estudo.” (SANTANA, 2020)
“Em São Paulo, negros têm até 85% mais de chance de morrer por covid-19 do que brancos” (Brasil de Fato,2020)
“Negros e negras somam 43,1% dos hospitalizados, mas representam mais da metade das mortes, 50,1%, contra 47,7% de pessoas brancas, de acordo com os dados do Boletim nº 15 da Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde.” (Brasil de Fato, 2020)

          Em tempo de pandemia muito se fala sobre saúde mental das pessoas que estão vivendo esses dias tão difíceis, e precisa falar e cuidar mesmo, por isso vamos refletir, quem são as pessoas com menos acesso a recursos para o enfrentamento ao covid-19? Quem tem as piores condições para enfrentamento deste vírus? Quem tem mais acesso ao contágio? Como fica o psíquico deste percentual da população que não tem acesso a saneamento básico, água, saúde, em dias normais? Imagine em dias de pandemia.
Como é para a população negra e periférica que no momento não tem dinheiro nem para se alimentar e precisa comprar máscaras protetoras? Qual patamar do sofrimento psíquico dessa população, se sentindo em vulnerabilidade em todos os âmbitos de sua vida, impossibilitado de sair às ruas para seu trabalho autônomo, e assim não obtendo seu sustento de forma digna? Qual grau de sofrimento para uma pessoa que se ver diagnosticada com o Covid-19, e é tratada em um hospital particular, para uma outra pessoa diagnosticada com o Covid-19, mas escuta do médico que ela deve retornar para casa ficar em isolamento e só retornar ao hospital se o quadro se agravar, porque não tem teste para todos e só pode fazer a testagem se o quadro estiver avançado?
            E o que dizer da população em situação de rua majoritariamente parda e preta?
            13 de Maio! Não, nós não temos o que celebrar.
            Lutar e resistir sempre!

         Gilvaneide Santos

CÍRCULOS DE DEBATES: ser negro/negra em Alagoas
Primeiro Encontro - 23/03/2019

































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RODA DE DIÁLOGOS:
Negritude nas Igrejas Evangélicas
11/06/2016



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RODA DE CONVERSA
TEMA: PERTENCIMENTO ÉTNICO 
19/03/2016

Pastoral da Negritude da Igreja Batista do Pinheiro e o Anajô promovem
uma tarde de reflexão sobre pertencimento étnico.








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DIA DA MULHER
08 de março de 2016

Participação na celebração do dia 08 de março junto com o Grupo Flor de Manacá refletindo sobre os altos índices aos quais nossas irmãs negras são submetidas.












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N O T A 

A Aliança de Batistas do Brasil, representada em Alagoas pela Igreja Batista do Pinheiro e sua pastoral da negritude, vem a público lamentar o triste episódio de intolerância religiosa que se arrasta no MP  de Maceió, em virtude das tradicionais celebrações do dia 08 de dezembro em nossa capital.Cremos  que nossa cidade bem como todo o nosso Estado e país devam estar permanentemente de joelhos diante das muitas dores do povo, principalmente, para clamarem juntos e juntas contra o genocídio da juventude negra brasileira, que a cada dia tem sido criminalizada e violentada em suas raízes e memórias religiosas e políticas. Não concordamos que a oração se transforme em desculpa para a prática da intolerância, querendo por pretexto ocupar o espaço tradicional de outras religiões. Desta forma, manifestamo-nos a favor de uma postura de paz, justiça, amor, graça e entendimento, que produza o testemunho de evangelho de Jesus de Nazaré, que preza pela harmonia em detrimento do espíritos de beligerância.


Maceió, 02 de dezembro de 2015.

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2015 - PASTORAL DA NEGRITUDE COMEMORA 10 ANOS NO XXI ACAMPAMENTO DA FAMÍLIA DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO


 



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2014- CULTO MEMORIAL AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA







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2012 - PASTORAL DA NEGRITUDE DA IGREJA BATISTA DO PINHEIRO RECEBE COMENDA ZUMBI DOS PALMARES DA CÂMARA DE VEREADORES DE MACEIÓ





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2008 - SEMINÁRIO BÍBLIA NA ÓTICA DA TEOLOGIA NEGRA 
Palestrante: Adriana (CEBI/PE) 
Lançamento da 2ª edição da Revista Flor de Manacá






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2008 - ENCONTRO DE ESTUDOS BÍBLICOS NA IBP





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2008 - SEMINÁRIO RAÍZES AFRICANAS NA BÍBLIA

19 e 20/04/2008
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
Comunidade Eclesial Ecumênica de Base - Ordem de Pentecostes - Seminário Idealizado pelo CEBI
Favela Bola de Ouro - Jaboatão dos Guararapes





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2007 - CULTO MEMORIAL AO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA NA IBP








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2007 - INSTALAÇÃO DA COMISSÃO DE JORNALISTAS PELA IGUALDADE RACIAL - COJIRA/ALAGOAS




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2007 - CONSELHO NACIONAL DE NEGRAS E NEGROS CRISTÃOS
I Encontro Nacional de Negras e Negros Cristãos - Salvador – BA
27 a 29/04/2007





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