Pr. Wellington Santos
Para início de conversa, gostaria de convidá-lo(a) para pensarmos juntos sobre o processo eleitoral em nossa cidade em pequenas doses, ou, como diriam os antigos: “De grão em grão”. Desde o último domingo foi dada a largada das eleições municipais 2012. Para mim, a eleição mais importante dentre as demais, pelo simples fato de que todas as nossas demandas como cidadãos acontecem no município em que vivemos. Por outro lado, na minha visão, esta é a eleição mais ignorada por parte do eleitor. Por exemplo: as cidades que conseguiram avançar em termos de solucionar seus graves problemas de saneamento básico, segurança, saúde, educação, trânsito, acessibilidade, meio ambiente, etc., conseguiram estas façanhas por conta de um gestor municipal (prefeito ou prefeita) inteligente, ético e trabalhador, além de uma câmara de vereadores atuante no seu papel fiscalizador e de proposição de leis que beneficiam o cidadão no município em que vive.
Todos os dias vemos pessoas reclamando nas redes sociais, nas ruas, igrejas, praças e nos lugares públicos da baixa qualidade dos seus representantes municipais. Fala-se muito, entretanto, as ações para mudar tal quadro parecem que ainda estão longe de acontecer. Não que as mesmas sejam difíceis de serem postas em prática. O problema é que para as mudanças começarem a aparecer, nós, os “eleitores indignados”, precisamos assumir nossa parcela de culpa quando ignoramos o processo eleitoral, trocamos o voto por cargos, facilidades, dinheiro e outras coisas banais, votamos de forma irresponsável em amigos, parentes e às vezes fazemos o discurso do voto nulo e branco que, com todo respeito, para mim não ajuda em nada. Frases no Facebook contra a propaganda nas redes sociais não mudam o processo. É preciso muito mais! Mais do que falar e falar ao vento, precisamos ter uma postura crítica, livre, responsável e ética na hora de escolher aquele ou aquela que vamos colocar na câmara dos vereadores.
É sempre bom lembrar que os cargos políticos não são alcançados pela via do concurso público, de forma que quem sempre se aproveitou destes espaços de forma imoral (compra de votos, ameaças, etc.) podem ser depostos a qualquer tempo, basta que consigamos transformar a utopia em algo concreto e real. Linhas de ônibus eficazes, passagens com preços justos, ruas iluminadas, postos de saúde com remédios, enfermeiros(as) e médicos(as) suficientes, escolas para nossas crianças, praças com condições de serem visitadas, projetos esportivos para juventude entre outras cositas mas, só serão possíveis se vencermos nossocomodismo, individualismo e desesperança e partirmos para fazer de Maceió uma cidade mais justa e cidadã. Não posso deixar de destacar por questão de justiça que algumas coisas mudaram para melhor. Entretanto, não posso viver olhando para trás! Quero uma cidade que consiga vencer os títulos catastróficos de mais violenta do país, um dos piores índices de desenvolvimento humano da região nordeste, entre outros destaques que acabam apagando as pequenas conquistas que tivemos.
Só estamos no início do processo eleitoral. Depois voltaremos a conversar sobre esta questão. Caso você leia e concorde com as ideias aqui apresentadas, lhe convido a divulgar entre seus amigos, familiares, colegas de trabalho e redes sociais. Como diria minha velha mãe: “De grão em grão a galinha enche o papo”. Quem sabe se com persistência e perseverança não conseguiremos encher o “papo” da nossa consciência para podermos assim, na hora do voto, votarmos com mais responsabilidade e compromisso ético.