22/09/2018

Boletim Dominical 23/09/2018


Nossa Missão Começa em Casa Através do Exercício da GRATIDÃO
“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” - 1 Tessalonicenses 5:18

Quando estava me preparando para escrever a pastoral desta semana, em meio a muitas reflexões pessoais, informações, notícias vindas de todos os lados, horário eleitoral, brigas e disputas “políticas” por redes sociais, sensacionalismo e realismo que se misturam no quesito violência da vida cotidiana, recebi um destes pequenos vídeos de whatsapp que me chamou a atenção. O mesmo se tratava de gratidão e possuía uma frase atribuída a alguém chamado Rui Hernandes que diz: “O pão não está duro. Duro é não ter pão”.
Precisei silenciar minha alma, como nos exortava à Pastora Odja no último sermão que pregou em nossa comunidade, para que pudesse meditar e tentar OUVIR a voz do nosso Deus falando ao meu coração e espero que de alguma forma, fale ao seu coração também. Precisamos urgentemente nos dedicar à missão que começa em nossas casas através do exercício da GRATIDÃO.
Reclamamos e resmungamos tanto e costumeiramente, que estamos nos tornando pessoas ingratas e insaciáveis sem nos perceber. Nada está bom, nada é suficiente, nada nos traz alívio, paz e alegria. Estamos sempre precisando de algo mais, de algo que nos traga uma nova sensação e nos encha de adrenalina. Desta forma, agradecer pelo cotidiano, pela rotina, pela vida, família, comunidade de fé e coisas simples que nos trazem paz e significado essencial de vida, vão perdendo espaço para ingratidão que lentamente vai nos transformando em escravos da insatisfação.
“O pão não está duro. Duro é não ter pão”. Duro não é sua casa com todos os problemas que possam existir. Duro é não ter casa para onde voltar. Duro não é seu emprego. Duro neste momento do nosso país é fazer parte dos 14 milhões de pessoas que se encontram desempregadas. Duro não são seus filhxs que lhe aperreiam o juízo. Duro é perdé-lxs precocemente para violência e as drogas que dizimam nossa juventude. Duro não é ter que viver em comunidade tendo que aprender a conviver com ideias e personalidades diferentes da sua. Duro é não ter uma comunidade pronta para lhe ouvir/chorar/sorrir/estender a mão/orar e sofrer com você quando à vida insiste em nos pregar "peças". Duro não é ter que enfrentar um tratamento seja de que doença for. Duro é não ter tempo e/ou condições para fazer o tratamento. Duro não é ter que escolher um representante democraticamente em meio à tanta escuridão ética. Duro é não poder escolher por falta de um sistema democrático e/ou de uma ditadura que escolhe por você. Duro não é ter que enfrentar ônibus lotado ou engarrafamento no trânsito para ir ao trabalho, lazer e/ou igreja. Duro é não ter saúde para poder pegar um ônibus e/ou dirigir. Duro não é ter que perdoar, em obediência ao Senhor Jesus, alguém que lhe feriu. Duro é se deixar aprisionar num sentimento de amargura e rancor por falta de perdão. Duro não é ter que andar um milha ou duas de forma muitas vezes injusta. Duro é já não poder caminhar ou não adiantar mais caminhar, pois, o mal já venceu o bem em sua vida e coração. Duro não é ter que lutar contra o pecado. Duro é ter que administrar à morte e a falta de paz que são advindas da desobediência e do pecar (Romanos 6:23).
Sejamos gratxs e agradecidxs em todo tempo. A vida é dura muitas e muitas vezes, porém, mais duro ainda é passar pela vida de forma ingrata, travada, recalcada, solitária, infeliz e amargurada. Hoje você pode escolher embriagar-se de gratidão ou envenenar-se de ingratidão. Aprendi há muito tempo que podemos na vida fazer uma escolha entre a AMARGURA ou o AMOR QUE CURA.
Que Nossa Missão Comece em Casa Exercitando entre os nossxs um espírito constante e perene de GRATIDÃO. Isto vai gerar muita saúde e paz em nossas casas e em nossas vidas individualmente e coletivamente.
Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos