Nossa
Missão Começa em Casa Através do Exercício da GRATIDÃO
“Em tudo
dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” - 1 Tessalonicenses 5:18
Quando
estava me preparando para escrever a pastoral desta semana, em meio a muitas
reflexões pessoais, informações, notícias vindas de todos os lados, horário
eleitoral, brigas e disputas “políticas” por redes sociais, sensacionalismo e
realismo que se misturam no quesito violência da vida cotidiana, recebi um
destes pequenos vídeos de whatsapp
que me chamou a atenção. O mesmo se tratava de gratidão e possuía uma frase
atribuída a alguém chamado Rui Hernandes que diz: “O pão não está duro. Duro é
não ter pão”.
Precisei
silenciar minha alma, como nos exortava à Pastora Odja no último sermão que
pregou em nossa comunidade, para que pudesse meditar e tentar OUVIR a voz do
nosso Deus falando ao meu coração e espero que de alguma forma, fale ao seu
coração também. Precisamos urgentemente nos dedicar à missão que começa em
nossas casas através do exercício da GRATIDÃO.
Reclamamos
e resmungamos tanto e costumeiramente, que estamos nos tornando pessoas
ingratas e insaciáveis sem nos perceber. Nada está bom, nada é suficiente, nada
nos traz alívio, paz e alegria. Estamos sempre precisando de algo mais, de algo
que nos traga uma nova sensação e nos encha de adrenalina. Desta forma,
agradecer pelo cotidiano, pela rotina, pela vida, família, comunidade de fé e
coisas simples que nos trazem paz e significado essencial de vida, vão perdendo
espaço para ingratidão que lentamente vai nos transformando em escravos da
insatisfação.
“O
pão não está duro. Duro é não ter pão”. Duro não é sua casa com todos os
problemas que possam existir. Duro é não ter casa para onde voltar. Duro não é
seu emprego. Duro neste momento do nosso país é fazer parte dos 14 milhões de
pessoas que se encontram desempregadas. Duro não são seus filhxs que lhe
aperreiam o juízo. Duro é perdé-lxs precocemente para violência e as drogas que
dizimam nossa juventude. Duro não é ter que viver em comunidade tendo que
aprender a conviver com ideias e personalidades diferentes da sua. Duro é não
ter uma comunidade pronta para lhe ouvir/chorar/sorrir/estender a mão/orar e
sofrer com você quando à vida insiste em nos pregar "peças". Duro não
é ter que enfrentar um tratamento seja de que doença for. Duro é não ter tempo e/ou
condições para fazer o tratamento. Duro não é ter que escolher um representante
democraticamente em meio à tanta escuridão ética. Duro é não poder escolher por
falta de um sistema democrático e/ou de uma ditadura que escolhe por você. Duro
não é ter que enfrentar ônibus lotado ou engarrafamento no trânsito para ir ao
trabalho, lazer e/ou igreja. Duro é não ter saúde para poder pegar um ônibus e/ou
dirigir. Duro não é ter que perdoar, em obediência ao Senhor Jesus, alguém que
lhe feriu. Duro é se deixar aprisionar num sentimento de amargura e rancor por
falta de perdão. Duro não é ter que andar um milha ou duas de forma muitas
vezes injusta. Duro é já não poder caminhar ou não adiantar mais caminhar,
pois, o mal já venceu o bem em sua vida e coração. Duro não é ter que lutar
contra o pecado. Duro é ter que administrar à morte e a falta de paz que são
advindas da desobediência e do pecar (Romanos 6:23).
Sejamos
gratxs e agradecidxs em todo tempo. A vida é dura muitas e muitas vezes, porém,
mais duro ainda é passar pela vida de forma ingrata, travada, recalcada,
solitária, infeliz e amargurada. Hoje você pode escolher embriagar-se de
gratidão ou envenenar-se de ingratidão. Aprendi há muito tempo que podemos na
vida fazer uma escolha entre a AMARGURA ou o AMOR QUE CURA.
Que
Nossa Missão Comece em Casa Exercitando entre os nossxs um espírito constante e
perene de GRATIDÃO. Isto vai gerar muita saúde e paz em nossas casas e em
nossas vidas individualmente e coletivamente.
Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos