NOSSA MISSÃO COMEÇA EM CASA ATRAVÉS DO CUIDADO
COM NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
(Lucas 7:11-15)
Na
última sexta-feira celebramos mais uma vez o dia das crianças. O famoso 12 de
outubro. É bem verdade que nossas crianças estão cada vez mais desenvolvidas e
espertas, longe daquelas crianças da minha geração que brincavam de bola de
gude, pião, queimado, carrinho-de-pau, pneu, pipa e tantas outras coisas
criativas. Claro que já existiam os brinquedos chiques e sofisticados,
entretanto, quem foi pobre como eu não sentia falta alguma destas coisas, até
porque, ou não conhecia ou não tinha acesso.
Parece
que a “inocência” e a “pureza” infantil estão cada vez mais raras. Discute-se
se o culpado disto seriam as novas propostas educacionais que visam educar e
evitar que crianças se tornem adultos cruéis e preconceituosos. Todavia, é
sempre bom lembrar que a erotização precoce das nossas crianças, por exemplo,
vem acontecendo sorrateiramente com os “programinhas infantis” televisivos e
nossas “musiquinhas inocentes” que transformam precocemente crianças em adultos
esquizofrênicos e maliciosos.
Outro
ponto em questão é sobre a violência. Há os que defendem a diminuição da
maioridade penal por exemplo, como forma de diminuir a violência e de punir
nossas crianças e adolescentes, que na visão destes são marginais de alta
periculosidade. Penas iguais as dos adultos e quem sabe em breve até pena de
morte. O nome disto é limpeza étnica. Até porque, ninguém de bom senso acredita
que um jovem branco e de classe média alta que cometa um crime igual a tantos
já cometidos em nossa cidade, serão punidos firmemente e com a mesma dureza da
lei como os jovens delinquentes negros das nossas periferias.
Observar
especialistas em segurança pública apoiar este tipo de proposta e políticos que
jogam para a torcida em busca de votos, pois julgam que seus filhos e filhas
estarão livres das consequências das suas decisões, chega a ser compreensível.
Agora ver líderes cristãos e pastores evangélicos juntos com membros de igrejas,
defendendo este tipo de coisa é que soa profundamente estranho. Que a sociedade
esteja “cansada” de lutar por aqueles e aquelas que julgam casos perdidos, logo
descartáveis, já é inaceitável. Agora a Igreja de Jesus que deveria ser o
último bastião de Amor, Esperança e Resistência para abraçar aqueles e aquelas
que ninguém quer abraçar e acalmar os corações dos incrédulos no poder de Deus
em recuperar pessoas é que se torna profundamente desalentador.
No
texto citado baseado no evangelho de Lucas, Jesus encontra uma mãe chorando no
caminho para o sepultamento do seu filho único. O texto nos revela que Jesus no
cortejo diz aquela mãe para não chorar e ressuscita o filho dela, devolvendo-o
com vida aos seus braços. Quem era aquele jovem? Um bom filho? Um delinquente?
Um jovem promissor e trabalhador? Um preguiçoso aproveitador? Seria ele viciado
ou traficante? Seria aquele jovem heterossexual ou homossexual? O texto não nos
diz nada acerca do jovem. O texto nos diz que nosso Mestre, nosso verdadeiro
Mito e Salvador da Humanidade Jesus de Nazaré, se compadece daquelas lágrimas e
restaura a felicidade àquela família (meio desajustada nas palavras atuais do
candidato a vice-presidente Mourão, pois, aquele jovem era criado apenas por
sua mãe).
Que
nossa igreja, representante do Reino de Deus que é justiça, paz e alegria (Romanos
14:17) não se canse, nem desista de chorar com os que choram e de abraçar e
acreditar em todos aqueles e aquelas que ninguém mais acredita. Próximo final
de semana teremos mais uma edição do nosso lindo Acampamento das Crianças.
Creio que estamos tentando fazer a nossa parte. Não esqueça: Nossa Missão
Começa em Casa Através do Cuidado das Nossas Crianças e Adolescentes.
Do
seu pastor e amigo,