11/10/2018

Boletim Dominical 14/10/2018


NOSSA MISSÃO COMEÇA EM CASA ATRAVÉS DO CUIDADO COM NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES
(Lucas 7:11-15)

                Na última sexta-feira celebramos mais uma vez o dia das crianças. O famoso 12 de outubro. É bem verdade que nossas crianças estão cada vez mais desenvolvidas e espertas, longe daquelas crianças da minha geração que brincavam de bola de gude, pião, queimado, carrinho-de-pau, pneu, pipa e tantas outras coisas criativas. Claro que já existiam os brinquedos chiques e sofisticados, entretanto, quem foi pobre como eu não sentia falta alguma destas coisas, até porque, ou não conhecia ou não tinha acesso.
                Parece que a “inocência” e a “pureza” infantil estão cada vez mais raras. Discute-se se o culpado disto seriam as novas propostas educacionais que visam educar e evitar que crianças se tornem adultos cruéis e preconceituosos. Todavia, é sempre bom lembrar que a erotização precoce das nossas crianças, por exemplo, vem acontecendo sorrateiramente com os “programinhas infantis” televisivos e nossas “musiquinhas inocentes” que transformam precocemente crianças em adultos esquizofrênicos e maliciosos.
                Outro ponto em questão é sobre a violência. Há os que defendem a diminuição da maioridade penal por exemplo, como forma de diminuir a violência e de punir nossas crianças e adolescentes, que na visão destes são marginais de alta periculosidade. Penas iguais as dos adultos e quem sabe em breve até pena de morte. O nome disto é limpeza étnica. Até porque, ninguém de bom senso acredita que um jovem branco e de classe média alta que cometa um crime igual a tantos já cometidos em nossa cidade, serão punidos firmemente e com a mesma dureza da lei como os jovens delinquentes negros das nossas periferias.
                Observar especialistas em segurança pública apoiar este tipo de proposta e políticos que jogam para a torcida em busca de votos, pois julgam que seus filhos e filhas estarão livres das consequências das suas decisões, chega a ser compreensível. Agora ver líderes cristãos e pastores evangélicos juntos com membros de igrejas, defendendo este tipo de coisa é que soa profundamente estranho. Que a sociedade esteja “cansada” de lutar por aqueles e aquelas que julgam casos perdidos, logo descartáveis, já é inaceitável. Agora a Igreja de Jesus que deveria ser o último bastião de Amor, Esperança e Resistência para abraçar aqueles e aquelas que ninguém quer abraçar e acalmar os corações dos incrédulos no poder de Deus em recuperar pessoas é que se torna profundamente desalentador.
                No texto citado baseado no evangelho de Lucas, Jesus encontra uma mãe chorando no caminho para o sepultamento do seu filho único. O texto nos revela que Jesus no cortejo diz aquela mãe para não chorar e ressuscita o filho dela, devolvendo-o com vida aos seus braços. Quem era aquele jovem? Um bom filho? Um delinquente? Um jovem promissor e trabalhador? Um preguiçoso aproveitador? Seria ele viciado ou traficante? Seria aquele jovem heterossexual ou homossexual? O texto não nos diz nada acerca do jovem. O texto nos diz que nosso Mestre, nosso verdadeiro Mito e Salvador da Humanidade Jesus de Nazaré, se compadece daquelas lágrimas e restaura a felicidade àquela família (meio desajustada nas palavras atuais do candidato a vice-presidente Mourão, pois, aquele jovem era criado apenas por sua mãe).
                Que nossa igreja, representante do Reino de Deus que é justiça, paz e alegria (Romanos 14:17) não se canse, nem desista de chorar com os que choram e de abraçar e acreditar em todos aqueles e aquelas que ninguém mais acredita. Próximo final de semana teremos mais uma edição do nosso lindo Acampamento das Crianças. Creio que estamos tentando fazer a nossa parte. Não esqueça: Nossa Missão Começa em Casa Através do Cuidado das Nossas Crianças e Adolescentes.

Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos