SER IGREJA –
FAZER IGREJA: O QUE APRENDEMOS NESSES 25 ANOS DE MINISTÉRIO DA PRª ODJA E DO
PR. WELLINGTON?
Fazer igreja é diferente de
ser igreja. Alguns amigos que não participam de igrejas, aqui e acolá brincam e
exclamam: “Um dia vou abrir uma igreja para ficar rico!” Sorrio e respondo: “Vai nessa. Se você pensa
que igreja é para isso e que é simples assim, pago para ver”. Esses e outros
incidentes mostram que as pessoas que não participam de uma igreja não têm a
menor ideia do que é igreja. Às vezes, nem mesmo nós que estamos aqui sabemos.
Existem duas igrejas: a
Igreja com “I” maiúsculo, que segundo a Bíblia é cada um que crê e serve a
Deus, pedras vivas, um mais um, que unidos formam a Igreja Universal de Cristo.
Pessoas que um dia tiveram um encontro forte pessoal com Deus e aceitam o fato
de que Jesus é Deus encarnado que veio ao mundo para se mostrar à humanidade.
Ele sofreu preconceitos, insultos, incompreensões, tentações como nós e morreu
na cruz por suas ideias e posições diante de um mundo religioso e político
conturbado. Quando eles esperavam um libertador político e guerreiro, Cristo
veio anunciando paz, perdão, não violência e princípios muito mais profundos e
difíceis do que simplesmente seguir a Letra da Lei que os religiosos obrigavam
a seguir na época em que Cristo esteve entre os seres humanos.
E, existe a igreja,
denominada assim com templos, pessoas que se reúnem para louvar a Deus,
aprender mais sobre Deus e formar uma comunidade para várias atividades. Essa
igreja que pode ser de várias denominações, isto é, vários nomes por maneiras
diferentes de pensar suas doutrinas da interpretação da Bíblia, maneira de
administrar, com vários líderes. Aí é que o negócio encrenca.
A sociedade precisa de
vários tipos de pessoas: sacerdotes, médicos, psicólogos, comerciantes,
comerciários, etc. Sacerdotes de qualquer religião são necessários. Eles
ensinam sobre Deus, visitam os enfermos, incentivam as pessoas a ser melhores
pessoas por seguir alguns princípios divinos, ministram em enterros, fazem
sacramentos de casamentos, servem a Ceia, etc. Estudam, dão seminários,
palestras, aconselham pessoas em crises existenciais ou familiares. Enfim, quem
acha que os sacerdotes, pastores ou líderes de igrejas não trabalham precisaria
passar 24 horas com eles ou elas para verem o corre-corre diário de cada um(a).
Por que estas explicações? A
Igreja Batista do Pinheiro é uma dentre inúmeras igrejas no Brasil. Em qualquer
lugar onde seja representada, ela tem tentado ser o que se propôs: uma igreja
reflexiva, amorosa, acolhedora e que não fala somente o que as pessoas
gostariam de ouvir, mas o que precisam para continuar sua caminhada rumo a ser
um melhor ser humano em todas as áreas de sua vida. Seus líderes estudam
incansavelmente, questionam, reúnem-se para discutir temas considerados “as
vacas sagradas do evangelicalismo”. Não
têm medo de pensar e nem creem que ter fé é deixar de lado a razão e o meditar
nas profundidades dos temas difíceis. Crer não é deixar de pensar, e nem pensar
é pecado. Isto é, você não transgride nem ofende a Deus pelo fato de duvidar,
questionar e tentar entender a complexidade da vida e da presença ou não de
Deus em circunstâncias consideradas absurdas pela maioria.
Fazer igreja ser Igreja não
é nada fácil. Exige das pessoas menos egoísmo, mais altruísmo, morrer também
para alguns mitos e enfrentar a realidade da vida. Ouvir falar sobre Deus e
levantar as mãos na hora de cantar hinos a Deus é muito fácil, mas de segunda a
sexta, quando alguns desejos se instalam e as pessoas têm que escolher entre os
princípios da Bíblia e seu ego, seus sentimentos egoístas, aí sim, o verdadeiro
cristianismo se revela.
Por isso, Pastora Odja e
Pastor Wellington, obrigado por persistirem em querer nos estimular a sermos
Igreja, antes de querermos fazer igreja. A sermos uma pedra viva, unida a
muitas outras, amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo da mesma
maneira que amamos esse Deus. E assim, sermos
o shalom, a paz da inteireza pela qual todo ser humano anseia.
Completamos 25 anos juntos
na IBP e celebramos a existência e perseverança desse ministério, caminhada
difícil, mas gratificante! Louvado,
louvado e louvado seja Deus pelas suas vidas, agora e sempre. Amém!