19/10/2018

Boletim Dominical 21/10/2018


SER IGREJA – FAZER IGREJA: O QUE APRENDEMOS NESSES 25 ANOS DE MINISTÉRIO DA PRª ODJA E DO PR. WELLINGTON?
  
Fazer igreja é diferente de ser igreja. Alguns amigos que não participam de igrejas, aqui e acolá brincam e exclamam: “Um dia vou abrir uma igreja para ficar rico!”  Sorrio e respondo: “Vai nessa. Se você pensa que igreja é para isso e que é simples assim, pago para ver”. Esses e outros incidentes mostram que as pessoas que não participam de uma igreja não têm a menor ideia do que é igreja. Às vezes, nem mesmo nós que estamos aqui sabemos.
Existem duas igrejas: a Igreja com “I” maiúsculo, que segundo a Bíblia é cada um que crê e serve a Deus, pedras vivas, um mais um, que unidos formam a Igreja Universal de Cristo. Pessoas que um dia tiveram um encontro forte pessoal com Deus e aceitam o fato de que Jesus é Deus encarnado que veio ao mundo para se mostrar à humanidade. Ele sofreu preconceitos, insultos, incompreensões, tentações como nós e morreu na cruz por suas ideias e posições diante de um mundo religioso e político conturbado. Quando eles esperavam um libertador político e guerreiro, Cristo veio anunciando paz, perdão, não violência e princípios muito mais profundos e difíceis do que simplesmente seguir a Letra da Lei que os religiosos obrigavam a seguir na época em que Cristo esteve entre os seres humanos.
E, existe a igreja, denominada assim com templos, pessoas que se reúnem para louvar a Deus, aprender mais sobre Deus e formar uma comunidade para várias atividades. Essa igreja que pode ser de várias denominações, isto é, vários nomes por maneiras diferentes de pensar suas doutrinas da interpretação da Bíblia, maneira de administrar, com vários líderes. Aí é que o negócio encrenca.
A sociedade precisa de vários tipos de pessoas: sacerdotes, médicos, psicólogos, comerciantes, comerciários, etc. Sacerdotes de qualquer religião são necessários. Eles ensinam sobre Deus, visitam os enfermos, incentivam as pessoas a ser melhores pessoas por seguir alguns princípios divinos, ministram em enterros, fazem sacramentos de casamentos, servem a Ceia, etc. Estudam, dão seminários, palestras, aconselham pessoas em crises existenciais ou familiares. Enfim, quem acha que os sacerdotes, pastores ou líderes de igrejas não trabalham precisaria passar 24 horas com eles ou elas para verem o corre-corre diário de cada um(a).
Por que estas explicações? A Igreja Batista do Pinheiro é uma dentre inúmeras igrejas no Brasil. Em qualquer lugar onde seja representada, ela tem tentado ser o que se propôs: uma igreja reflexiva, amorosa, acolhedora e que não fala somente o que as pessoas gostariam de ouvir, mas o que precisam para continuar sua caminhada rumo a ser um melhor ser humano em todas as áreas de sua vida. Seus líderes estudam incansavelmente, questionam, reúnem-se para discutir temas considerados “as vacas sagradas do evangelicalismo”.  Não têm medo de pensar e nem creem que ter fé é deixar de lado a razão e o meditar nas profundidades dos temas difíceis. Crer não é deixar de pensar, e nem pensar é pecado. Isto é, você não transgride nem ofende a Deus pelo fato de duvidar, questionar e tentar entender a complexidade da vida e da presença ou não de Deus em circunstâncias consideradas absurdas pela maioria.
Fazer igreja ser Igreja não é nada fácil. Exige das pessoas menos egoísmo, mais altruísmo, morrer também para alguns mitos e enfrentar a realidade da vida. Ouvir falar sobre Deus e levantar as mãos na hora de cantar hinos a Deus é muito fácil, mas de segunda a sexta, quando alguns desejos se instalam e as pessoas têm que escolher entre os princípios da Bíblia e seu ego, seus sentimentos egoístas, aí sim, o verdadeiro cristianismo se revela.
Por isso, Pastora Odja e Pastor Wellington, obrigado por persistirem em querer nos estimular a sermos Igreja, antes de querermos fazer igreja. A sermos uma pedra viva, unida a muitas outras, amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo da mesma maneira que amamos esse Deus.  E assim, sermos o shalom, a paz da inteireza pela qual todo ser humano anseia.
Completamos 25 anos juntos na IBP e celebramos a existência e perseverança desse ministério, caminhada difícil, mas gratificante!  Louvado, louvado e louvado seja Deus pelas suas vidas, agora e sempre. Amém!