IBP, 49 ANOS
NO CAMINHO, 19 ANOS NA MINHA HISTÓRIA.
Depois de 19 anos nesse Caminho, não tenho medo de
afirmar: Deus é conosco, povo da IBP. Coleciono frases que expressam, um pouco,
o orgulho que guardo no peito pelos longos anos em que a Família IBP tem me
acolhido e dado significado a minha fé: O amor é o único absoluto a ser
defendido, preservado e propagado. Deus é amor. Tudo pode ser negociado em nome
do amor: a lei, todos os mandamentos, o sábado, o templo. É melhor correr o
risco de receber pecadores, proscritos e indignos com uma mensagem de amor que
proteger o ambiente religioso com legalismo, selecionando apenas “gente de
bem”. Se errar em nome do amor, tenho certeza que serei perdoado. Se acertar em
nome da intolerância, tenho certeza que serei repreendido. Deus é mais pai, ou
mãe, que juiz, mais amigo que senhor, mais companheiro que fiscal. Graça
significa exatamente o que o substantivo indica: gratuidade. O que recebemos de
Deus parte de sua generosidade. Ele não dificulta suas bênçãos, não complica o
acesso a si, não cobra por cuidado infinito.
Reconheço que nossos ideais não são privilégios
exclusivamente nossos. Acreditar ser extensão do Reino de Deus deve ser ofício
comum a todos os que se matricularam na escola de Jesus. Ao ousarmos nos chamar
de cristãos, portanto, acolhemos o dever de nos esforçar para dar continuidade
ao legado que ele deixou. Trato a IBP como sagrada não só pela missão que
abraçou. Ela é sacerdócio peculiar que assume a missão de ser corpo que chora,
celebra conquistas, partilha sonhos e persegue horizontes. Vejo assim a minha
igreja como povo singular. A extensão de seus anseios é imensa.
Já se disse que amar é um estado de atenção. De fato,
só aprendemos o real significado do amor se prestarmos atenção ao próximo. Quem
procura sair do individualismo reveste-se da virtude singular da solidariedade.
Na minha IBP, descobrimos a compaixão porque nos reconhecemos irmãos e irmãs,
com angústias, anseios, sonhos, dores e esperança, parecidos. Despertamos para
a realidade de que todos partilham uma sorte comum. Assim, nos fazemos parte da
humanidade.
Penso que a santidade da IBP tem a ver, também, com a
seriedade com que ela encarna a sua responsabilidade humana. Enquanto segmentos
cristãos experimentam desgaste de credibilidade, desejamos andar de cabeça
erguida. Íntegros. Em um país em que o crescimento numérico dos que se
consideram cristãos acontece, proporcional ao achincalhe, deboche e escárnio, a
IBP me enche de alegria. Aprendemos, a duras penas, o quanto vale a coragem de
assumir critérios éticos. Não nos importam grandes auditórios. Não pretendemos
reunir as multidões a qualquer custo. Basta-nos permanecer comprometidos em
cumprir a vocação de alcançar o próximo como extensão do amor a Deus.
Mas, como é bom ouvir confissões do tipo: “Não sei
onde eu estaria hoje se a IBP não existisse; esta igreja foi minha última tábua
de salvação...”, de uma pessoa que seja, que tenha recebido um olhar gracioso e
um abraço amoroso de Jesus, transmitidos através de cada irmã e irmão que fazem
a Família IBP. Eu só posso agradecer a Deus pela minha IBP e me dedicar e
prosseguir nesse Caminho! ALELUIA!
Roberto Barboza