29/03/2019

Boletim Dominical 31/03/2019



IBP, 49 ANOS NO CAMINHO, 19 ANOS NA MINHA HISTÓRIA.

Depois de 19 anos nesse Caminho, não tenho medo de afirmar: Deus é conosco, povo da IBP. Coleciono frases que expressam, um pouco, o orgulho que guardo no peito pelos longos anos em que a Família IBP tem me acolhido e dado significado a minha fé: O amor é o único absoluto a ser defendido, preservado e propagado. Deus é amor. Tudo pode ser negociado em nome do amor: a lei, todos os mandamentos, o sábado, o templo. É melhor correr o risco de receber pecadores, proscritos e indignos com uma mensagem de amor que proteger o ambiente religioso com legalismo, selecionando apenas “gente de bem”. Se errar em nome do amor, tenho certeza que serei perdoado. Se acertar em nome da intolerância, tenho certeza que serei repreendido. Deus é mais pai, ou mãe, que juiz, mais amigo que senhor, mais companheiro que fiscal. Graça significa exatamente o que o substantivo indica: gratuidade. O que recebemos de Deus parte de sua generosidade. Ele não dificulta suas bênçãos, não complica o acesso a si, não cobra por cuidado infinito.
Reconheço que nossos ideais não são privilégios exclusivamente nossos. Acreditar ser extensão do Reino de Deus deve ser ofício comum a todos os que se matricularam na escola de Jesus. Ao ousarmos nos chamar de cristãos, portanto, acolhemos o dever de nos esforçar para dar continuidade ao legado que ele deixou. Trato a IBP como sagrada não só pela missão que abraçou. Ela é sacerdócio peculiar que assume a missão de ser corpo que chora, celebra conquistas, partilha sonhos e persegue horizontes. Vejo assim a minha igreja como povo singular. A extensão de seus anseios é imensa.
Já se disse que amar é um estado de atenção. De fato, só aprendemos o real significado do amor se prestarmos atenção ao próximo. Quem procura sair do individualismo reveste-se da virtude singular da solidariedade. Na minha IBP, descobrimos a compaixão porque nos reconhecemos irmãos e irmãs, com angústias, anseios, sonhos, dores e esperança, parecidos. Despertamos para a realidade de que todos partilham uma sorte comum. Assim, nos fazemos parte da humanidade.
Penso que a santidade da IBP tem a ver, também, com a seriedade com que ela encarna a sua responsabilidade humana. Enquanto segmentos cristãos experimentam desgaste de credibilidade, desejamos andar de cabeça erguida. Íntegros. Em um país em que o crescimento numérico dos que se consideram cristãos acontece, proporcional ao achincalhe, deboche e escárnio, a IBP me enche de alegria. Aprendemos, a duras penas, o quanto vale a coragem de assumir critérios éticos. Não nos importam grandes auditórios. Não pretendemos reunir as multidões a qualquer custo. Basta-nos permanecer comprometidos em cumprir a vocação de alcançar o próximo como extensão do amor a Deus.
Mas, como é bom ouvir confissões do tipo: “Não sei onde eu estaria hoje se a IBP não existisse; esta igreja foi minha última tábua de salvação...”, de uma pessoa que seja, que tenha recebido um olhar gracioso e um abraço amoroso de Jesus, transmitidos através de cada irmã e irmão que fazem a Família IBP. Eu só posso agradecer a Deus pela minha IBP e me dedicar e prosseguir nesse Caminho! ALELUIA! 
Roberto Barboza