14/06/2011

CARTA AOS PASTORES DA IBP

Maceió-AL, 12 de junho de 2011

Caros pastores Wellington, Paulo Nascimento e Odja.


É um mundo muito estranho, este em que hoje vivemos...

A banalização da violência em todas as suas manifestações, desde as mais sutis até as mais escandalosamente evidentes; o culto à personalidade por parte de quem prega a humildade; a idolatria do lucro fácil a todo custo; a falta de pudor na manipulação do semelhante, como se diferente fosse; a competitividade elevada à milésima potência; o uso inescrupuloso do nome de Deus para oprimir e submeter a caprichos pessoais inconfessáveis... Tudo isto parece sugerir que o mundo está mudando, de fato, e muito depressa, mas não necessariamente para melhor...

Olhando isto que temos à nossa volta, é fácil tornar-se pessimista e amargurado de espírito. Vivemos dias em que valores que antes se supunham fundamentais como honra, integridade moral, respeito à vida e outros, são tidos como coisas menores quando comparadas com aquilo que tem-se tornado a maior (senão a única) missão que anima homens e mulheres, nossos contemporâneos: “dar-se bem” a qualquer preço, “vencer” a qualquer custo, subir ao topo da pirâmide nem que isto signifique matar o que temos de mais belo em nós: a semelhança com o Criador manifesta em sentimentos nobres como amor, tolerância, cooperação, compaixão...

Por tudo isto é que precisamos, vez por outra, ser lembrados de que isto que vemos não é a totalidade do que há para ser visto; é apenas a manifestação mais superficial de nossas imperfeições. Precisamos ser lembrados de que, aqui e acolá, sinais apontam para a irrupção de um novo tempo, de um mundo muito diferente deste em que vivemos! A gente esquece fácil e por isto precisa que alguém, de vez em quando, nos recorde que é possível ser diferente e fazer toda a diferença; não podemos perder de vista que um mundo melhor é possível e, de fato, ele já começa a se construir quando nos dispomos a levantar a nossa voz em um sonoro e inconfundível NÃO a tudo isto que aí está. Nisto, vocês são fundamentais! Estimulando-nos, animando-nos e pastoreando-nos ao mesmo tempo em que são estimulados, animados e, por que não dizer, pastoreados, vocês mantêm acesa em nós a certeza de que o Reino ao qual pertencemos, e pelo qual dissemos um dia que daríamos a nossa vida, continua presente e deseja se manifestar neste mundo sem rumo.

Justamente por isto somos imensamente gratos a Deus por ter-nos dado a bênção de convivermos nesta comunidade que chamamos carinhosa e orgulhosamente de Igreja Batista do Pinheiro. Pedimos encarecidamente a Deus que nos mantenha juntos enquanto for este o seu propósito – e no dia em que já não for, que Ele mesmo nos presenteie novamente com alguém que saiba, como vocês, estimular em nós o que temos de melhor.

Na graça de Deus, que nos anima e nos fortalece, desejamos a vocês tudo o que há de melhor neste dia em que comemoramos o Dia da Pastora e dos Pastores.

                   Fraternalmente,

                   Diretoria da IBP

12/06/2011

IMAGENS PERDIDAS SOBRE DEUS - O BOM PASTOR

Olá irmãos e irmãs!


Confiram a mensagem pregada no culto dominical de 12/06, o Dia do Pastor para os Batistas brasileiros. Iniciando uma série de mensagens cujo tema é "Resgatando imagens perdidas sobre Deus", o Pr. Wellington Santos nos fala sobre a imagem de Deus como um "Bom Pastor", que se importa muito mais em cuidar do que em punir suas ovelhas. 


Para assistir à mensagem, clique aqui: http://www.ustream.tv/recorded/15349193


Abraços da Família IBP!

07/06/2011

O LEÃO RUGIU, QUEM NÃO TEMERÁ?

O Leão rugiu, quem não temerá? O Senhor, o Soberano, falou, quem não profetizará? (Amós 3,8)

Prª Odja Barros
Tendo em vista que os batistas brasileiros celebram no dia 12/06 o Dia do Pastor, quero trazer à memória dois testemunhos, duas histórias, duas vozes proféticas e pastorais que ressoam como o rugido do leão até dos dias atuais.

A primeira delas é a do pastor-profeta Amós. Amós não é um profissional da profecia, como havia naquela época, e também não partiu dele a decisão de profetizar. Sua atividade profética provém unicamente de uma escolha divina, chamado a deixar suas raízes e enfrentar a fúria dos reis, sacerdotes e profetas da capital Jerusalém. Amós certamente teve medo. Sua missão não era das mais fáceis, mas mesmo assim ele disse sim. “Ruge o leão, quem não temerá? Fala o Senhor, quem não profetizará?”. Deus é quem fala, Amós empresta sua voz, como um eco – Deus é o leão, Amós é um porta-voz de um Deus contrariado, que já não tolera a situação de injustiça. Por isso a palavra incomoda tanto quanto o rugido de um leão. O profeta sabia, graças a sua experiência de pastor no campo, que o rugido do leão aterroriza, pois anuncia que está chegando para agarrar sua presa. E esta não tem escapatória: será devorada. Assim também o julgamento de Deus sobre Israel se aproxima e não há meio de evitar. A voz do profeta Amós foi uma das vozes proféticas mais fortes que inspiraram e têm inspirado líderes/pastores/as e movimentos cristãos de luta pela justiça.

A outra voz que quero trazer é a do pastor batista Martin Luther King Jr., considerada a voz profética do século XX. Nenhuma voz inspirou tanto movimentos de libertação e justiça que a voz de King. Ele falava com a paixão e a poesia dos profetas bíblicos. Martin Luther King Jr. era antes de tudo um homem de fé, um pregador do Evangelho de Deus, um pastor que acreditava não somente na ressurreição do corpo espiritual, mas também na difusão dos ideais de liberdade, direito e justiça do reino de Deus. Em pleno auge da segregação racial, ele pregava uma esperança universal em um novo estado de justiça e misericórdia por meio do poder da verdade e da não-violência. 
Verdade que buscava unir homens e mulheres, de toda raça, cor ou religião como irmãos e irmãs. A verdade do amor que acreditava que os conflitos do mundo se reconciliariam sem violência no poder do espírito humano. Sua voz rugia como a de um leão anunciando o sonho de que todos os seres humanos seriam iguais na sociedade como são diante de Deus. Sua voz deu início ao maior movimento por direitos civis da história mais recente do Ocidente.

No seu último sermão proferido em Memphis, no Tenessee, às vésperas do seu assassinato, ele dirigiu as seguintes palavras aos pastores presentes: “De algum modo, o pastor deve guardar um fogo em seus ossos e, sempre que a injustiça se revelar, ele deve se manifestar. Tal qual Amós, o pastor deve dizer: “Quando Deus fala, quem não profetizará?” E, novamente como Amós, o pastor deve dizer: ‘Que a justiça corra como as águas, e seja a virtude uma corrente poderosa’. Como Jesus, o pastor deve dizer: ‘O espírito do Senhor repousa sobre mim, pois ele me enviou para levar boas novas aos humildes’” (proferido em 03 de abril de 1968).

Que essas vozes possam continuar rugindo e nos desafiando como pastores e pastoras.


05/06/2011

PASTOREANDO OS FRÁGEIS E IMPRODUTIVOS

Olá pessoal!


Abaixo segue o link para a mensagem pregada no culto dominical de 05/06. O título é "Pastoreando os frágeis e improdutivos". A mensagem foi pregada pelo pastor Wellington Santos.


Clique aqui para assistir: http://www.ustream.tv/recorded/15196274