29/09/2018

Boletim Dominical 30/09/2018


NEM SEMPRE ANDAMOS SOBRE AS ÁGUAS

Dias atrás, uma forte ventania me fez lembrar de uma situação que um dia os discípulos passaram. Já era noite quando eles pegaram o barco e partiram rumo a Cafarnaum. Durante a madrugada um forte vento os alcançou, deixando o mar totalmente agitado. De repente, eles começaram a ver algo inusitado, alguém andando sobre as águas. A primeira reação, claro, foi o medo, mas logo Jesus se apresentou e, então, Pedro pediu para encontrá-lo sobre as águas.
Essa história, todos conhecem, vocês sabem o que aconteceu, e a maioria das pessoas usam o fato de Pedro ter afundado como exemplo de fracasso a não ser seguido, e é aí que eu ouso discordar.
Concordo que o problema com a falta de fé é uma lição que Jesus sempre quis nos ensinar, e até cobra Pedro a respeito disso, porém existem algumas coisas nesta história que muita gente acaba não percebendo.
Primeiramente o homem incrédulo de quem estamos falando é o mesmo que mais tarde apenas a sombra dele já curava os doentes.
Mas então, porque ele afundou?
Ele afundou pelo mesmo motivo que Moisés bateu na rocha, pelo mesmo motivo que Elias fugiu e pelo mesmo motivo que Davi errou. O lado bom da história é que Jesus estendeu as mãos para ele e o segurou, também pelo mesmo motivo que Ele falava com Moisés praticamente face a face, pelo mesmo motivo que Ele tomou Elias para si sendo arrebatado e pelo mesmo motivo que Davi foi o rei que Ele pessoalmente escolheu.
Pedro poderia ter andado sobre as águas sem problema algum, mas não foi isso que aconteceu, e o fato dele ter afundado torna a história ainda mais extraordinária, pois nos dá a certeza de que o socorro está a caminho.
Nós poderíamos estar falando hoje sobre um homem que andou sobre as águas desafiando toda a lógica conhecida e deu tudo certo, mas hoje estamos falando sobre um homem que andou sobre as águas, mas as coisas não saíram como esperado, e ele provou algo mais incrível, a experiência de ter sido segurado pelas mãos de Deus.
O que estou querendo dizer com tudo isso é que qualquer um de nós naquela situação teria afundado, porque as vezes vivemos situações complicadas, o vento sopra contrário sobre uma vida fragilizada em meio a uma noite de incertezas e medo, quando de repente nós conseguimos enxergar Jesus, e a possibilidade de andar sobre as nossas dificuldades passa a ser real, mas por sermos limitados o que parecia ser difícil parece que fica ainda mais difícil e começamos a nos afogar em nossos problemas.
Nessas horas não adianta o nosso preparo e a nossa capacidade, porque Pedro era um exímio nadador, ele poderia ter ficado tranquilo e ter nadado o resto do caminho, mas ele reconheceu a sua fragilidade e gritou por socorro com toda força que tinha.
Muita gente se comporta desta forma, vai até a metade do caminho andando sobre as águas e a outra metade tenta ir nadando de braçadas. Nós precisamos entender que o maior milagre não é andar sobre as águas, e sim, ter a certeza de que estamos seguros nas mãos de Jesus.
Creiamos e sigamos, seguros, na missão!
Roberto Barboza




22/09/2018

Boletim Dominical 23/09/2018


Nossa Missão Começa em Casa Através do Exercício da GRATIDÃO
“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” - 1 Tessalonicenses 5:18

Quando estava me preparando para escrever a pastoral desta semana, em meio a muitas reflexões pessoais, informações, notícias vindas de todos os lados, horário eleitoral, brigas e disputas “políticas” por redes sociais, sensacionalismo e realismo que se misturam no quesito violência da vida cotidiana, recebi um destes pequenos vídeos de whatsapp que me chamou a atenção. O mesmo se tratava de gratidão e possuía uma frase atribuída a alguém chamado Rui Hernandes que diz: “O pão não está duro. Duro é não ter pão”.
Precisei silenciar minha alma, como nos exortava à Pastora Odja no último sermão que pregou em nossa comunidade, para que pudesse meditar e tentar OUVIR a voz do nosso Deus falando ao meu coração e espero que de alguma forma, fale ao seu coração também. Precisamos urgentemente nos dedicar à missão que começa em nossas casas através do exercício da GRATIDÃO.
Reclamamos e resmungamos tanto e costumeiramente, que estamos nos tornando pessoas ingratas e insaciáveis sem nos perceber. Nada está bom, nada é suficiente, nada nos traz alívio, paz e alegria. Estamos sempre precisando de algo mais, de algo que nos traga uma nova sensação e nos encha de adrenalina. Desta forma, agradecer pelo cotidiano, pela rotina, pela vida, família, comunidade de fé e coisas simples que nos trazem paz e significado essencial de vida, vão perdendo espaço para ingratidão que lentamente vai nos transformando em escravos da insatisfação.
“O pão não está duro. Duro é não ter pão”. Duro não é sua casa com todos os problemas que possam existir. Duro é não ter casa para onde voltar. Duro não é seu emprego. Duro neste momento do nosso país é fazer parte dos 14 milhões de pessoas que se encontram desempregadas. Duro não são seus filhxs que lhe aperreiam o juízo. Duro é perdé-lxs precocemente para violência e as drogas que dizimam nossa juventude. Duro não é ter que viver em comunidade tendo que aprender a conviver com ideias e personalidades diferentes da sua. Duro é não ter uma comunidade pronta para lhe ouvir/chorar/sorrir/estender a mão/orar e sofrer com você quando à vida insiste em nos pregar "peças". Duro não é ter que enfrentar um tratamento seja de que doença for. Duro é não ter tempo e/ou condições para fazer o tratamento. Duro não é ter que escolher um representante democraticamente em meio à tanta escuridão ética. Duro é não poder escolher por falta de um sistema democrático e/ou de uma ditadura que escolhe por você. Duro não é ter que enfrentar ônibus lotado ou engarrafamento no trânsito para ir ao trabalho, lazer e/ou igreja. Duro é não ter saúde para poder pegar um ônibus e/ou dirigir. Duro não é ter que perdoar, em obediência ao Senhor Jesus, alguém que lhe feriu. Duro é se deixar aprisionar num sentimento de amargura e rancor por falta de perdão. Duro não é ter que andar um milha ou duas de forma muitas vezes injusta. Duro é já não poder caminhar ou não adiantar mais caminhar, pois, o mal já venceu o bem em sua vida e coração. Duro não é ter que lutar contra o pecado. Duro é ter que administrar à morte e a falta de paz que são advindas da desobediência e do pecar (Romanos 6:23).
Sejamos gratxs e agradecidxs em todo tempo. A vida é dura muitas e muitas vezes, porém, mais duro ainda é passar pela vida de forma ingrata, travada, recalcada, solitária, infeliz e amargurada. Hoje você pode escolher embriagar-se de gratidão ou envenenar-se de ingratidão. Aprendi há muito tempo que podemos na vida fazer uma escolha entre a AMARGURA ou o AMOR QUE CURA.
Que Nossa Missão Comece em Casa Exercitando entre os nossxs um espírito constante e perene de GRATIDÃO. Isto vai gerar muita saúde e paz em nossas casas e em nossas vidas individualmente e coletivamente.
Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos



15/09/2018

Boletim Dominical 16/09/2018


NOSSA MISSÃO COMEÇA EM CASA ATRAVÉS DO CULTIVO DA PAZ
"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá..." - João 14:27


Falar de paz é falar de algo que anda correndo risco de extinção. Olhando para todos os lados vemos conflitos entre nações, instituições, famílias e pessoas individualmente. Guerras e disputas em todo tempo o tempo todo. Quando me refiro a paz não estou falando de ausência total de dificuldades ou de pequenos conflitos que a vida nos impõe (João 16:33). Estou falando de uma paz capaz de transcender nossas lutas e discordâncias diárias.
Sem paz em nossas mentes e corações não avançamos enquanto cidadãos e cidadãs e muito menos enquanto povo/nação. Não adianta riqueza, saúde, "progresso" e etc, se nossos corações estiverem povoados de rancor, ódio e guerras internas. A paz é um tesouro que deveria ser inegociável. Tendo paz conseguimos lutar e correr atrás das coisas que necessitamos em todos os sentidos, porém, sem paz, tudo que possamos vir a construir ou conquistar não terá sentido nem valor. É impossível viver bem e desfrutar da vida que Deus nos presenteou sem paz e mergulhados em conflitos constantes.
Precisamos a todo custo sermos promotores e cultivadores da paz. Não é possível conciliar o discurso como seguidores de Jesus de Nazaré que é de paz e amor ao próximo (Mateus 22:37-40; Salmos 46:9 e Isaías 9:1-6)* e ao discurso que alimenta o ódio, a intolerância, a violência, as armas de fogo, a perseguição as minorias em direitos, a corrupção e a distorção de valores éticos fundamentais  para uma vida digna e cidadã. Ser seguidor de Jesus de Nazaré é ser um defensor intransigente da vida, justiça, amor e da paz.
Que todos e todas que amamos ao Senhor Jesus possamos receber de braços abertos a tarefa de anunciar a paz herdada de Jesus, se é que herdamos, para todos e todas em todo lugar em todo tempo. Que nossas casas sejam sementeiras incansáveis da paz.
*Favor ler os textos bíblicos em destaque!

Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos



08/09/2018

Boletim Dominical 09/09/2018


NOSSA MISSÃO COMEÇA EM CASA ATRAVÉS DA PRESERVAÇÃO DA NOSSA HISTÓRIA
“Meu Povo foi destruído por falta de conhecimento” - Oséias 4:6

                Nesta reflexão, quero pensar em nosso país como nossa Casa. Lamentavelmente, não posso deixar de escrever algo que nos faça pensar um pouco acerca da tragédia que foi assistir ao Museu Nacional no RJ com 200 anos de fundação e um acervo estimado em 22 milhões de itens que retratam a nossa história e a história da humanidade, pegar fogo em plena semana da pátria.
                O fogo que queimou e destruiu em horas o Museu é o mesmo “fogo” que tem consumido nossa decência enquanto nação, escolas, hospitais, empregos, economia, relações familiares com toda sua diversidade e pluralidade, justiça, solidariedade (veja a violência praticada contra os Venezuelanos em Pacaraíma - RR) e tantos outros valores essenciais à vida. O “fogo” da avareza, acumulo, poder e egoísmo destrói e consome tudo que vê pela frente.
                Alguns haverão de dizer: “Já queimou, destruiu, acabou. O que podemos fazer agora?” Outros ainda como alguns ditos evangélicos, afirmam que foi Deus quem queimou o museu para apagar a história de corrupção e idolatria do passado da nossa história e assim reescrever uma nova história daqui para frente. Trágica e patética estas afirmações, como quaisquer outras que não consigam dimensionar o valor da preservação das memórias para o desenvolvimento do ser humano enquanto espécie criada por Deus de forma tão amorosa nesta terra.
                Na verdade, o pouco valor dado a preservação da história e das nossas memórias reflete bem a visão empobrecida da nossa geração. Valorizamos aparelhos tecnológicos, redes sociais e no campo das discussões político-eleitorais, valorizamos mais armamentos bélicos que trarão “segurança” em vez de investimentos maciços em educação, esporte, lazer, saúde, emprego e dignidade humana. Assistimos o “fogo” destruir nosso sentimento de povo civilizado, desejando com sangue no olho que um ‘super’ qualquer coisa estabeleça a “ordem”, nem que seja ao som dos famosos “paus-de-arara”, usados nos porões da tortura durante a ditadura militar.
                O fogo que queimou o Museu é o mesmo “fogo” que queima nossa visão do que é essencial para vivermos felizes. Queima a concepção de tolerância, respeito a diversidade, pluralidade, cidadania, amor ao próximo, partilha e generosidade. Queima o sentimento de coletividade para colocar em um pedestal o Eu em primeiro lugar.
                O profeta Oséias brada:  “Meu Povo foi destruído por falta de conhecimento”. Faltava conhecimento de Deus e, consequentemente, conhecimento da sua visão de justiça, paz e vida para todos e todas (Oséias 4:1-6). Favor não confundir necessidade de conhecimento de Deus com crescimento religioso (Amós 5:1-24). Perder um museu de forma tão irresponsável, demonstra o quanto estamos nos perdendo enquanto nação e povo. Não estamos preservando nossa história, nossos idosos e idosas, crianças e juventude. Por favor, lembremo-nos que quem queima estas vidas não são apenas as armas de fogo nas mãos dos marginais, nós também ajudamos a queimá-las quando assumimos uma vida egoísta e insensível frente ao sofrimento humano.
                Que através da preservação mínima da nossa história e memórias enquanto nação, povo, Estado, igreja e famílias, possamos manter viva a chama que queima a ignorância, pobreza, avareza, corrupção em todos os níveis, violência e falta de amor a Deus e ao próximo. Não perdemos apenas um Museu e fósseis que ajudam a explicar nossa existência nesta terra criada por Deus, perdemos um pedaço grande do nosso corpo enquanto povo brasileiro. Investir e cuidar da nossa história demonstra o real valor que damos à vida e as gerações futuras.

Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos



               


01/09/2018

Boletim Dominical 02/09/2018


Nossa Missão Começa e CONTINUA em casa
Josué 1:1-9

            Tem coisas na vida que vão durar todo tempo da nossa existência. Por exemplo: não podemos nos alimentar, respirar, beber água e exercitar-se durante um tempo regular e depois simplesmente deixarmos de lado estas questões pelo fato de acharmos que não precisamos mais de alimento, ar puro, água e exercício. Enquanto durar nossa existência nesta terra, vamos ter que estar atentos para estas questões, queiramos ou não, pois, se assim não for, nossa passagem por esta terra será abreviada e recheada de dores e enfermidades.
            No último domingo, nossa pastora comunicou para toda nossa comunidade que o valor que estávamos esperando da indenização do terreno da igreja já estava em fase final de regularização (até o momento, estamos aguardando pequenos detalhes formais, para podermos disponibilizar o recurso no objetivo previamente decidido em assembleia). Pela graça de Deus, o fantasma que nos acompanhava das contas em aberto desde o final do ano passado, será finalmente vencido.
            Na última quarta-feira (29/08), a diretoria reunida, decidiu pela manutenção da nossa campanha missionária, uma vez que esta campanha não se resumia apenas a alcançar um valor financeiro e sim, em alimentar um sentimento de pertença e de espírito comunitário. Temos visto este sentimento em nossas crianças, junto com irmãos e irmãs de todas as idades que literalmente vestiram a camisa da campanha. Já com relação à campanha, aproveitamos para informar que após 56 dias de mobilização, nós conseguimos, juntos e juntas, arrecadar cerca de R$ 12.617,26. Encerraremos a campanha, como previsto, no mês de novembro por ocasião do Acampamento da Família IBP.
            Nosso apelo, neste momento, em nome de toda liderança da IBP é que continuemos mobilizados e mobilizadas, para que possamos alcançar a meta proposta que é de R$ 50.000,00. Estes recursos serão destinados exclusivamente, daqui para frente, para manutenção, ampliação e fortalecimento das nossas congregações, como também será transformada de forma antecipada em nossa oferta de gratidão por tudo que Deus tem feito por nós, enquanto pessoas, famílias e comunidade de fé. Por este motivo é que o título desta simples reflexão tem como destaque a palavra CONTINUA, para nos dizer, sigamos em frente no cumprimento da missão que Deus nos confiou enquanto agência do Reino de Deus.
            Concluo esta reflexão me apropriando das palavras que estão registradas no livro de Josué 1:1-9, quando o povo é exortado a continuar a missão sendo forte e corajoso. Estamos para “cruzar o rio” de um novo tempo que se aproxima em nossa comunidade de fé, não desanimemos. Lembremos sempre desta frase: Nossa Missão Começa e CONTINUA em casa. Sendo cuidadosos e cuidadosas com nossas vidas, famílias e comunidade de fé, evitando as negligências que insistem em nos tentar, chegaremos do outro lado do rio na certeza de que nosso Deus nunca irá nos desamparar nem nos abandonar (Josué 1:2-5). Logo, a missão CONTINUA!!!

            Do seu pastor e amigo,
            Wellington Santos