19/06/2013

IBP NA MARCHA COM O MOVIMENTO PASSE LIVRE


VEM PRA RUA! A PARÁBOLA DA PERSISTÊNCIA



Por Prª Odja Barros
As manifestações populares que estamos presenciando no Brasil durante esta semana me fizeram lembrar a parábola narrada por Jesus em Lucas 18:1-8: A parábola da viúva Persistente. Uma parábola muitas vezes superficialmente interpretada que limita a força da parábola apenas a persistência na oração. Ignora-se que para além da persistência na oração a parábola traz uma mensagem forte de luta incessante, persistente e impaciente pela justiça. Luta que uma pobre viúva enfrenta diante de um insensível juiz. Ela o enfrenta com uma atitude obstinada e até agressiva em busca de justiça.
O que nos conta a Parábola?
A história que Jesus conta é a de uma viúva sem recursos que busca justiça de certo juiz contra um “adversário”. Sobre esse juiz é dito que ele não teme a Deus e nem se importa com as pessoas. Não se sabe qual era a causa que aflige o direito dessa mulher, mas além de sofrer a ação do seu adversário ainda trava uma luta obstinada contra a corrupção do magistrado que, desprovido de temor a Deus e interesse pelas pessoas é levado apenas pelo seu próprio interesse, pelos subornos ou intimidação. A pobre viúva sem dinheiro ou poder tem a seu favor apenas o recurso da intimidação, da persistência. A ação da viúva é expressa como uma ação contínua e ameaçadora que atinge o juiz onde ele poderia ser atingido: na preocupação egoísta do seu próprio conforto.
Nesta mulher obstinada o insensível magistrado encontrou adversário à sua altura. Ele podia ter sido assaltado por persistência obstinada antes, mas nenhuma que igualasse aos apelos infindáveis e insistentes desta mulher. Ele lhe fez justiça, não porque fosse justo ou mesmo compassivo, mas porque percebeu que não conheceria um momento de paz até que o fizesse.                     
Persistência na luta
As viúvas e os órfãos eram no mundo antigo, do ponto de vista estrutural sempre  as primeiras vítimas das injustiças e alvos de descaso e de tentativas de fraude e exploração. Desde o Antigo Testamento Deus aparece intervindo em defesa dos grupos que sofrem essa injustiça estrutural. A viúva da parábola de Lucas 18:1-8 chama a nossa atenção pela sua persistência na luta pelos seus direitos. Ela se fundamenta no direito divino. Ela faz isso assumindo uma atitude ruidosa e agressiva, talvez até recorrendo aos gritos. A atitude dessa mulher é do começo ao fim destacada como referência de quem se deve aprender. Diante da violência do sistema injusto é preciso resistir com firmeza e intrepidez.
Essa mulher está aparentemente numa situação desesperadora. Ela é uma mulher num mundo de homens, uma viúva sem dinheiro e sem proteção social. Não se pode apelar ao juiz mediante ao senso de dever para com Deus, e parece que o juiz não se sentiria envergonhado ou constrangido de qualquer ato mau ou injusto que comete contra pessoas inocentes.
O juiz injusto retrata as estruturas de opressão as quais as pessoas estão submetidas. Mas, a parábola concentra sua atenção na atitude obstinada da viúva que persistentemente dobra o juiz a ouvir e julgar a sua causa. Ela não consegue converter o coração do juiz, mas o incomoda a ponto de ter que atendê-la.
O contexto da parábola e contexto da luta
O contexto no qual Jesus propõe essa parábola inicia-se capitulo 17:20 de Lucas com uma conversa sobre a vinda do reino de Deus. Jesus é interrogado pelos fariseus a respeito de quando viria o reino de Deus. Jesus responde enigmaticamente aos fariseus: “O reino de Deus já está entre vós”. Depois se dirige aos discípulos fazendo uma memória de dois momentos: Os dias de Noé e dias de Ló. Nesses dias o povo vivia comendo, bebendo , casando-se , vendendo , comprando, plantando e construindo até que veio o juízo. É nesse contexto que Jesus introduz a parábola que versa sobre justiça e juízo e adverte aos discípulos para não desanimarem na luta ativa de fazer presente o reino de Deus que é justiça, paz e alegria ( Romanos 14,17) .
Acredito que é nesse contexto que Jesus introduz o exemplo da viúva persistente como modelo a  ser seguido pelos discípulos. A advertência de Jesus é para que a espera pelo reino deve ser uma espera ativa e persistente.
O contexto atual não é diferente do contexto da parábola: uma maioria do povo  gasta sua vida numa espera passiva do reino: comendo , bebendo, comprando, vendendo... adquirndo somente para si. Talvez existam entre estes, alguns  que já tiveram fé e lutaram ativamente pelo reino de justiça,  paz e alegria, mas,  com o passar do tempo perderam a fé e a esperança e abandonaram a fé e a esperança ativa na vinda do reino. Afinal , Jesus conclui a parábola dizendo: quando o filho do homem vier achará fé na terra?
O perigo é que ao perder a fé e esperança ativa no reino de Deus  deixamos de ser “viúvas persistentes” na luta pela justiça para tornarmos- nos  “juízes insensíveis” que já “não teme a Deus e não de importa com as pessoas”. Não estaria aí muitas pessoas da classe média brasileira que hoje se importam apenas  com a preservação da seu próprio conforto e que  sente incomodada pelo barulho das viúvas persistentes?
Vem pra rua! : A parábola da persistência
A parábola apresenta a fragilidade de uma viúva que assume uma atitude persistente que incomoda o juiz. Essa parábola retrata bem o movimento que surpreendeu a nação brasileira. A força de um movimento que cresce e fortalece incomodando “os juízes” do nosso País que não se importam com as pessoas. Pessoas que pagam caro por um transporte público de péssima qualidade, pessoas que estão sofrendo a falta de uma boa educação e saúde, pessoas que são vítimas das injustiças e corrupções que são as verdadeiras atitudes violentas e agressivas que devia envergonhar o povo brasileiro, pessoas indígenas que tem sido assassinada e violentada nos seus direitos, comunidades quilombolas, pobres excluídos e todas as pessoas que representam as “viúvas injustiçadas” dos nossos dias.
É por essas pessoas que devemos ir às ruas. É por essas pessoas que devemos enfrentar todos os juízes e sistemas injustos desse país.
Concluo com uma pergunta: de que lado nós estaremos como Igreja? Ao lado do juiz incomodado atingido no seu conforto egoísta ou ao lado da viúva persistente que faz barulho para incomodar o juiz injusto?

LIDANDO COM A COMPLEXIDADE DA RELIGIÃO

Mensagem pregada pelo Pr. Wellington Santos, na noite de 16/06/2013, baseada em João 5,1-18. Inspirado no bispo Desmond Tutu, nesta mensagem o pregador nos ajuda a entender a complexidade do potencial da religião, que serve tanto para matar quanto para alimentar a vida. Há no texto referido, segundo o pregador, quatro formas diferentes de se lidar com a religião. Você quer saber que formas são estas? Então confira a mensagem!

Para assistir, CLIQUE AQUI !!!

Paz !!!

18/06/2013

O ATO PÚBLICO DE 17 DE JUNHO DE 2013


Por Johndalison Tenório

Vou tentar escrever o mínimo de clichês possível, mas se não conseguir paciência! O que está realmente importando, é registrar o que vi e o que vivi ontem em Maceió. Poderia escrever apenas “Foi maior Ato Público dos últimos 20 anos!”, mas é pouco. Há muito mais! Começando pela faixa etária dos participantes que ontem tiveram um ganho de cidadania, democracia, civilidade, e estava eu, um "tio" de quase 44 anos, ali no meio de uma “pivetada” animada, posso dizer até um tanto quanto ingênua, na sua maioria a primeira vez que participaram de algo tão impressionante, mas focados e decididos a se manifestar. Tenho a esperança que essa geração de cidadãos e cidadãs terá uma nova percepção da sua realidade, de seus contextos. Já posso dizer que são brasileiros e brasileiras mais presentes, mais vigilantes, mais atuantes. Acredito que essa galera, vai fazer a diferença no cenário político. Mobilizações dessa natureza, com o contingente que tivemos ontem, devem ser observadas com atenção tanto por mandatários, como por aspirantes aos pleitos eleitorais próximos. Esse pessoal “tá ligado”, e não ficará em casa quando forem chamados para cobrar dos representantes eleitos e dos poderes públicos suas obrigações.

Um segundo ponto que faço destaque. A mobilização voluntária que nasceu nas redes sociais. Ninguém me convence que carros com difusoras, convocando as pessoas ou militantes com panfletos distribuídos em escolas ou no passeio público, foram os responsáveis por uma participação dessa monta. Grande parte da força desse movimento vem dessa nova maneira de se comunicar, a informação em tempo real. Foram postagens que alcançaram milhares de pessoas ao mesmo tempo. Mesmo nas frias telas de PCs, notbooks, tablets e celulares, o sentimento de sair para manifestar suas indignações impregnou as pessoas! Essa democrática eletrônica vai dar trabalho, "Vem pra rua!" E amém por isso. Aqui em casa, meus filhos, ele 18 e ela 16, se articulavam. Pelos sons emitidos das teclas, dava para perceber que dedinhos velozes, estavam expressando expectativa, ansiedade. Uma vontade de dizer o que pensam através do protesto coletivo, sobre os rumos que a sociedade vem tomando, de goela abaixo, quase sem reclamar. Um cartaz me chamou a atenção, "Saímos do Face. Estamos nas ruas!" "O gigante acordou!" Falas do coletivo.

E esse é um novo ponto que destaco nesse texto. Ontem estava o coletivo em matizes sociais e manifestações diversas. Eram estudantes da rede pública e de escolas particulares. Universitário, jovens e  adultos participando diretamente do protesto. Em seus rostos estavam representados os desgostos da sociedade, a insatisfação pelo abuso de preços, o mau uso da máquina pública, a falta de oportunidade para trabalhar, o não investimento educacional. Mas houve outra participação, indireta, de outros grupos coletivos insatisfeitos. Eram os muitos dos que assistiam a passeata, de mais de cinco mil pessoas, demonstraram seu apoio com sorrisos, palmas, braços levantados, o famoso dedo legal. Pessoas admiradas com a quantidade de gente envolvida participando da caminhada, que percorreu o centro nervoso da cidade de Maceió. A cidade parou! Na Rua Augusta (Leia-se, rua das arvores), dava para se ter uma ideia do tamanho do movimento. Muitos aderiram ao passo que o protesto avançava, vinham das calçadas, desciam dos ônibus. De fato, o clima era emocionante, envolvente.

É claro que a cultura da opressão, herança da ditadura militar, não permitiu que a participação fosse maior. É a idiossincrasia de que a manifestação popular democrática seja uma insurreição ao Estado. São gerações que foram adestradas a não confrontar o poder constituído. Que foram ,manipuladas midiaticamente, de que manifestação é sinônimo de desordem, vandalismo, de prejuízo, de ser ferido ou morto. Ameaçadas pela violência dos cassetetes, escudos, capacetes e coturnos. Que foram induzidas a ter medo de reivindicar melhores condições e por aí vai! Um passado muito vivo. Mas quero acreditar que há esperança de que essa nova geração tenha a chance de se expressar com mais liberdade. E assim mostrar que é possível um coletivo mais presente e participativo, com liberdade de exercitar a democracia ativa.

Tentando Encerrar esse texto, quero trazer mais um destaque. É claro que não pretendo resumir o que aconteceu com o que escrevi até aqui, é impossível. Há muito mais a se dizer. Não dá pra sintetizar, e estou muito longe de conseguir fazer tal façanha! Há muito mais. Quero destacar o clima de paz. A consciência da não violência. Quando um ou outro manifestante tentava pichar ou criar situações fora do propósito que guiava o movimento, recebiam vaias e uma típica frase de galera, “Uh vacilão! Uh vacilão!”, havia outras frases, mas essa já era o bastante para não se continuar. E isso era impressionante, a todo o tempo, o pessoal estava atento aos excessos. Não partia de uma liderança do movimento, vinham das pessoas! Ah! Tinha policia. E esta acompanhava, teve até batedores interrompendo o trânsito, (Leia-se, um “controle”.). Foram mais de três horas de manifestação pacífica! Houve vários momentos de demonstração de patriotismo, tais como, quando na Avenida Tomás Espíndola, onde sentados no chão, cantamos o Hino Nacional. Foi de arrepiar! O grande clímax foi quando nos dirigimos para a Avenida Fernandes Lima e paramos as duas vias! Já passava das 19:00 horas, junto subimos a Avenida na contramão. Não tinha nenhum carro da SMTT à frente dos que tomaram o sentido Tabuleiro-Centro. Foram os protestantes (leia-se, manifestantes. E que bom poder escrever essa palavra.) que tomaram a via. Nós percebemos a força da manifestação popular! Com os carros paralisados pela caminhada, muitos motoristas buzinavam em apoio, alguns saiam dos carros e se confraternizavam com manifestantes, ou simplesmente conversavam comentando o protesto. O Ato Público fez mais do que protestar, ele fez as pessoas falaram uma com as outras, o ganho foi maior que o imaginado!

Mesmo com todo esse clima de protesto civil, popular e democrático, não posso deixar de relatar o que presenciei. Um ato insensato de um motorista motivado ou não por seu passageiro (Leia-se, quem quer que seja mal intencionado.). Um infeliz dentro daquele automóvel se entendeu estar acima do bem e do mal, acima da lei, alguém ali se travestiu de um tipo de deus e empoderado de uma arma de fogo, se sentiu o senhor da vida e da morte. Se não tivessem “escorados”, o motorista não teria se armado do carro, para avançar sobre as pessoas que estavam na já paralisada Fernandes Lima, e com um agravante, estes irresponsáveis são servidores públicos! Eles viram que havia polícia no local. Mesmo assim decidiram agir por conta própria, quero reforçar que nenhuma repito, nenhuma ambulância teve seu trajeto barrado pela manifestação! Sempre que se via uma ambulância os participantes abriam espaço para elas passarem, quantas fossem! O que havia de tão importante na SIMA que fosse necessário uma atitude assim?! Porque então, não foram até seus colegas servidores e pediram para se locomoverem! Não estavam transportando nenhum ferido? Não importa o que fosse, nada justifica o que aconteceu. Uma coisa é você não aceitar que uma mobilização impeça seu direito de ir e vir. Outra coisa é impor sua vontade em detrimento da vida de outrem.

Desta vez prometo encerrar! Não posso deixar de destacar a atitude cívica das escolas aos liberarem seus estudantes, algumas cederam cartolinas e tinta para a confecção de cartazes. Esse foi um exercício de cidadania que sempre espero dos que são responsáveis pelos primeiros contatos com os saberes da humanidade, aos nossos filhos e filhas. Também faço um voto de louvor a Deus, pela atitude proativa dos jovens e adolescentes da Igreja Batista do Pinheiro, igreja a qual sou membro há 28 anos e mais de 30 de convívio. Essa comunidade sempre reivindicou por democracia, por cidadania, por direitos sociais a todos e todas, denunciando as desigualdades e desmandos. Vocês horaram essa nossa “tradição” democrática! Vocês renovam nossa esperança em um Brasil melhor e mais justo! Sua participação nos dá a certeza de que vale a pena servir a Deus e comunidade e de que estamos no caminho certo. Aproveito para dizer também que muito do que dizem da IBP se atribuí ao seu pastor presidente, e digo aqui categoricamente, não é verdade! Welligton Santos já nos encontrou assim como nós somos! Simplesmente tentando responder aos proclames do Evangelho de Jesus de Nazaré! O que acontece é que se uniu o útil ao agradável. Nós tentando ser úteis ao Senhor e sendo muito agradável ser pastoreado por este servo e esta serva de Deus, Welligton Santos e Odja Barros, que sempre vem nos provocando para o serviço do Reino.

Durante essa semana haverá outras manifestações, sempre que possível estaremos lá! Faço minhas as palavras de Dom Robson Cavalcante. “Onde houver um ajuntamento de pessoas protestando contra as desigualdades, quaisquer que sejam eu vou está lá! Só não irei se esse ajuntamento for de partidos da direita brasileira".


NOTA DA ALIANÇA DE BATISTAS DO BRASIL


NOTA de Apoio às Manifestações 
populares e democráticas em nosso País

A Aliança de Batistas do Brasil (ABB) organismo de identidade batista e caráter ecumênico baseada em seu compromisso com a “defesa da causa dos empobrecidos e proscritos da sociedade” e com a luta pela justiça conforme registrada em sua carta de princípio vem a público manifestar total e irrestrito apoio às manifestações populares e democráticas que vem acontecendo em todo território nacional, desencadeada pelo movimento “Passe Livre”, cuja pauta principal se baseia na reinvindicação de um transporte público de qualidade e com tarifas mais justas e menos abusivas ao tempo que também denunciam os valores imorais que foram e estão sendo gastos na construção dos estádios de futebol para receber a copa das confederações e a copa do mundo em 2014.
Nossa nação continua sofrendo com a falta de infraestrutura básica (saneamento, educação pública de qualidade, saúde, segurança, emprego entre outras necessidades de primeira hora), enquanto assistimos à nação se dobrando a regras da FIFA e aceitando suas condições injustas e excludentes que afastam nosso povo trabalhador daquela que seria a festa do povo e do esporte. Lamentavelmente o que temos assistido é uma “festa” do esporte preparada para o desfrute dos estrangeiros e dos bem aquinhoados do nosso injusto e desigual país.
Aproveitamos o ensejo para manifestar - nos contra a PEC 37 que visa castrar o direito do MP de continuar fazendo investigações e ao mesmo tempo lamentar a forma como vem sendo tratada a agenda indígena em nosso país. Nosso desejo é que estas manifestações contagiem a nação levando-nos a vencer o comodismo e através da luta democrática, o povo brasileiro possa ter sua voz e direitos respeitados.
Que o gigante chamado Brasil possa acordar do sono alienante que acaba por beneficiar alguns poucos. Ficar deitado em berço esplêndido nunca é o caminho para construirmos uma nação verdadeiramente democrática, livre, justa, pacífica e fraterna. Sair às ruas é um direito legítimo, desde que as pautas reivindicadas, sejam pautas coletivas e que visem o bem-estar de toda uma nação.

18 de junho 2013.
Pra. Odja Barros – Presidente

ARRAIÁ IBP 2013


14/06/2013

A RELIGIÃO E A FESTA - JOÃO 2,1-11

Do seu pastor e amigo,
Wellington Santos
No início da semana participei do I Congresso de Teologia e Ciências da Religião promovido pela Faculdade Unida na cidade de Vitória-ES. Em uma das palestras proferidas pelo Dr. Raimundo Barreto, ele começou sua fala citando uma frase do Arcebispo Anglicano Sul Africano Desmond Tutu: “A religião é como uma faca, tanto pode ser usada para matar quanto para cortar o pão que alimenta o pobre”. Confesso quer esta frase alcançou minha mente e coração.
Fiquei pensando o quanto de fato a religião tem sido usada como faca que fere e promove morte. Lamentavelmente, se olharmos para história veremos que uma das nuances tristes da religião muitas vezes é acabar promovendo desintegração e consequentemente morte do espírito de unidade que deve nos mover no mundo. Isto não é algo dos dias atuais, digo com tristeza: A morte sempre esteve presente nos discursos odiosos que demonizam e transformam em inimigos  todos os demais que pensam e ousam crê de forma diferente.
Em contraposição a tristeza que a religião pode promover quando é usada como faca que fere e pode matar. O arcebispo anglicano Desmond Tutu, nos deixa um flerte de esperança quando afirma que esta mesma “faca” ou religião, também pode ser usada para partir o pão que alimenta o pobre. Creio que esta tem sido nossa opção como igreja: “Escolher usar a religião para partir o pão e alimentar os famintos em todas as suas ‘fomes’”. Claro que a face mais publica da religião acaba sendo a face da morte, da intolerância e do preconceito. Nós como comunidade de fé, enraizados em terras alagoanas, temos nos esforçado para tornar conhecida uma outra face pública da religião que é exatamente a que alimenta e partilha a vida carregada de amor, justiça e paz para todos e todas. Neste viés em que a religião é apresentada como “faca” que é usada para partilhar o pão e consequentemente alimentar é que encontramos o lugar da festa e da alegria.
Na próxima sexta-feira, dia 21 de junho, nós estaremos como comunidade de fé, junto com nossos familiares e amigos, abrindo nossas festividades juninas. Nossa festa apesar de se encontrar dentro do calendário religioso católico, não traz este apelo em si. Nosso foco é incentivar a preservação da nossa cultura nordestina, estimular a comunhão, celebrar a vida e promover uma festa saudável onde a brincadeira e a alegria sobrepujem a violência, embriaguez, prostituição e consequentemente a destruição da vida.
Nosso mestre e salvador Jesus de Nazaré iniciou seu ministério nas narrativas joaninas em uma festa de casamento em Caná da Galiléia (João 2:1-11). Aproveito esta inspiração divina para convidar todos e todas, junto com seus amigos e familiares, para celebrarmos a vida nestes dois dias de festa (Dia 21/06 das 19 às 21h e Dia 22/06 das 16h às 23h) em nosso arraiá da IBP.
Que a religião em nosso púlpito, casas, locais de trabalho, escolas enfim nas mãos de todos e todas que fazem esta complexa família religiosa conhecida como Igreja Batista do Pinheiro, nunca venha ser usada como “faca” que fere e promove a morte e sim, por uma questão de escolha e de opção de fé, possa ser usada para compartilhar o pão, a festa e a alegria.

A DÁDIVA DO PERDÃO

Até onde vai a nossa capacidade de perdoar? Temos perdoado na mesma medida em que fomos perdoados por Deus de nossos pecados? O perdão é dádiva que pode curar as relações. Muitos requerem perdão, mas poucos estão dispostos a perdoar como Deus perdoa. No dia 19/05/2013, a Prª Odja Barros meditou sobre essas coisas tanto pela manhã quanto pela noite. Não deixe de assistir a estas duas mensagens!

Mensagem da manhã: CLIQUE AQUI!
Mensagem da noite: CLIQUE AQUI!

Paz !!!

UM CHAMADO PARA BUSCAR A DEUS

Mensagem pregada pelo Pr. Wellington Santos, baseada em Jeremias 29,13, na noite de 12/05/2013, sobre o chamado para buscarmos a Deus. Buscar a Deus, segundo o pregador, é um ato que não pode ser feito por procuração, mas que deve ser feito na intimidade do próprio coração. Quais são as nossas buscas? Quais são os nossos desejos mais profundos? Não deixe de assistir a esta mensagem!

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Paz !!!

ECUMENISMO E DIÁLOGO INTERRELIGIOSO

Na noite de 05/05/2013, a IBP recebeu a visita do padre moçambicano e missionário no Equador Joaquim Iamuquelela. O Pe. Joaquim, que esteve presente nos eventos comemorativos aos 30 anos  dos Agentes de Pastoral Negros (APNs) do Brasil, nos brindou com uma profunda reflexão sobre ecumenismo e diálogo interreligioso, sobretudo com a visão de mundo africana. Não deixe de assistir a esta instigante reflexão!

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Paz !!!