09/11/2019

Boletim Dominical 10/11/2019


ACAMPAMENTO DA FAMÍLIA IBP
IBP 50 anos no CAMINHO do Amor e da Resistência
Lucas 24:13-35

                Na próxima quinta-feira (14/11), a partir das 20h, estaremos nos deslocando para o Acampamento Batista de Paripueira-AL, para realização deste momento histórico na vida da nossa comunidade de fé. Este ano, por ocasião do já consagrado Acampamento da Família IBP, faremos o lançamento das comemorações dos 50 anos de Organização da nossa querida igreja que se dará em 21 de março de 2020.
                50 anos é um tempo significativo que deve nos levar a celebrar bem como também a refletir em todos os Caminhos e Descaminhos por onde trilhamos para chegar até aqui. São 50 anos de sorrisos, lágrimas, conquistas, derrotas, chegadas, partidas, muitos nascimentos e, também, muitas e dolorosas partidas. Em todos estes caminhos e descaminhos, mesmo sem notar muitas vezes, nunca estivemos sozinhos(as), Jesus de Nazaré sempre esteve caminhando conosco todo este tempo (Lucas 24:13-16 e 32).
                O Acampamento da Família IBP é um marco na vida da nossa querida igreja. Isto porque, destes 50 anos de organização da nossa igreja, estivemos reunidos como Família IBP em Paripueira, juntos e juntas por 25 anos. Muitas histórias para contar: Vimos crianças crescerem e tornarem-se adultos, palestrantes que nos abençoaram de forma fantástica e marcante através da instrumentalidade da Divina Ruah, celebrações de inúmeros batismos abençoados com lágrimas, partilhas do pão e vinho na mesa do Senhor de formas diversas, além de muita festa, reencontros, curas e fortalecimento da nossa comunhão enquanto igreja de Jesus.
                Desta forma lhes convido a colocar estes dias que nos aguardam em profunda e reverente oração. Sempre bom lembrar que não estamos indo para uma simples colônia de férias, camping legal ou um “rolê” agradável de feriado. Estamos indo enquanto Igreja de Jesus, ouvir a voz de Deus para os próximos anos que virão. Abra desde já seu coração e sua mente e permita que a Divina Ruah comece a soprar o sopro da transformação, renovação da esperança e avivamento na sua vida e na vida de todos e todas que Deus já separou para serem cheios da potência de vida que há no nome de Jesus. Que venhamos a sair destes dias totalmente inundados do amor, graça, perdão, alegria, paz, justiça e sentimento comunitário que há no poder do nome de Jesus (Fp. 2:9-11).
                No caminho do amor e da resistência ao mal e ao ódio, lançaremos o ano comemorativo dos 50 anos da nossa igreja. Deixe Deus iniciar este processo revolucionário de abertura de olhos e coração em chamas (Lucas 24:31, 32a) através da sua vida hoje mesmo.
 Em tempo: próximo domingo não teremos celebração à noite na nossa sede, uma vez que estaremos no Caminho de volta do acampamento para nossas casas, visando iniciar uma nova e frutífera Caminhada nos próximos dias, semanas, meses e anos que virão.

Do seu pastor e amigo, Wellington Santos

               


01/11/2019

Boletim Dominical 03/11/2019

IGREJA REFORMADA, SEMPRE REFORMANDO-SE: O QUE AINDA É PRECISO REFORMAR NA IGREJA?

31 de outubro de 1517, foi a data em que, presumivelmente, Martinho Lutero pregou suas 95 teses sobre indulgências na porta da igreja de Wittenberg-Alemanha. Esse ato é considerado ponto de partida da Reforma Protestante. As 95 teses marcam o evento denominado Reforma Protestante. Sabemos que a Reforma Protestante foi resultado de uma confluência de muitos movimentos políticos, sociais e religiosos que a antecederam e a sucederam e que nela celebra-se.  No entanto, não podemos deixar de reconhecer que o ato de protesto das 95 teses, protagonizado por Lutero, abriu espaço para fomentar e visibilizar outros grupos que aspiravam e lutavam por “Outra Igreja possível”. Grupos que até então não se fazia notar, até porque na sua maioria eram compostos de camponeses e camponesas, artesãos e artesãs, cuja representação política e religiosa era mínima.
502 anos depois, existe razão para continuar celebrando a Reforma Protestante?  Se olharmos para a Reforma como a memória de um grito da Igreja do século XVI, que exigia uma resposta do cristianismo institucional aos desafios eclesiais e sociais, principalmente, um grito contra corrupção generalizada que ocorreu dentro da Igreja, aliada aos poderes do Estado, sim, devemos celebrar! Mas, celebrar como memória crítica, de inconformação, protesto e grito que ecoou para dentro da própria Igreja. Uma Reforma de baixo para cima, disposta a romper os laços do modelo de cristandade em que estavam unidos Igreja e Estado e os interesses de uma elite política e religiosa.
No cenário atual da Igreja evangélica brasileira, cada vez mais aliada aos poderes do Estado, corrompida e articulada com as forças de um fundamentalismo religioso e intolerante, a memória da Reforma pode reavivar o grito e o potencial crítico que o Crucificado e o Ressuscitado têm de questionar, não apenas a sociedade de nosso tempo, mas - acima de tudo – questionar a própria Igreja. 
Concluo essa reflexão me perguntando: quais seriam as novas teses que precisaríamos pregar hoje na porta das igrejas?  O que ainda é preciso reformar na Igreja?
Soli Deo Gloria.

Pastora Odja Barros.